segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Calo. Tétano. Dedo

Calo-te(tano)!

Achar o problema foi fácil. Ele estava ali, bem na frente, parado olhando pra mim. Mas o solucionar foi completamente difícil. A solução era o problema.

Havia alguns grampos na superfície de uma madeira. Eles estavam há tanto tempo naquele lugar que pareciam um só. Eu precisava encontrar orifícios, desbastar e encaixar entre os dois. Pronto! Consegui levantá-lo. Porém, ainda precisava de dentes para arrancá-lo. O primeiro foi fácil. E seguiu assim por mais um tempo. Depois assou, ficou vermelho e não sangrou. Era gostoso procurar orifícios, desbastar, encaixar e depois arrancar.

Vermelho, mais vermelho... cada vez mais. Um susto ao ver aquela pele deslocada. Cansaço. Flashes de uma memória recente: (comentários entre parênteses) gemidos; gozo, eu por cima e pulsação sentido pelos seios sobre peitos; descanço; sorriso, meu cabelo sobre o rosto.

O calo é produzido pelo excesso de repetição. Ou por algo do tipo. No ônibus, a todo momento passava o dedo sobre o calo no dedo. Até que senti novamente a dorzinha noutro dedo causado pelo furo da ponta de uma faca. Tétano?

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